Após duas edições de grande sucesso de um ciclo tão especial como os Encontros Sonoros Atlânticos, importa assegurar continuidade e inovação, de uma forma consistente e equilibrada; construir sobre o edificado, sem deixar de correr riscos.

As ideias que serviram de base à edição inaugural dos Encontros mantém-se inalteradas: uma ligação profunda aos Açores, terra de origem de Francisco de Lacerda, e aos seus lugares e comunidades; e, partindo da figura tutelar do compositor açoriano, uma aposta determinada na nossa música e nos nossos músicos, com um especial destaque para a nova geração de criadores e intérpretes.

Mas na edição deste ano dos Encontros, queremos fortalecer os nossos laços com a comunidade artística local, dando o palco a intérpretes portugueses, e reforçando parcerias com as suas instituições. Queremos igualmente intensificar o nosso compromisso feroz e inabalável com a criação musical portuguesa, sem preconceitos estéticos.

Num ano particularmente desafiante a nível orçamental, desenhamos a programação com a convicção reforçada que a arte e a cultura assumem um papel essencial na nossa vida comunitária: são porventura a forma mais eficaz de combater a barbárie, de substituir a desumanização pela empatia, de nos afastar mais um pouco do abismo. Mas para que o possam fazer, precisam de ser apoiadas de uma forma coerente e sustentada, que permita aos artistas experimentar, falhar e recomeçar - para depois falhar melhor. Na Associação Francisco de Lacerda, vemos uma nova  edição dos Encontros como mais um passo nessa direção a um apoio sustentado à música e à cultura portuguesas. Passo esse que, esperamos, seja um de muitos.

Assim, este ano iremos iniciar o ciclo nos Claustros dos Jerónimos com um concerto feito à medida: com uma primeira parte de música portuguesa para quarteto de cordas, e que termina com uma genealogia da canção portuguesa, combinando Francisco de Lacerda com arranjos de Fausto, Janita Salomé e Amélia Muge, interpretados pela soprano Bárbara Barradas. Seguiremos depois para São Jorge, onde o já habitual concerto insular inaugural nas ruínas da casa de Francisco de Lacerda, na Calheta, será dado pelo guitarrista Mário Delgado. Viajando em seguida para a Terceira, teremos um concerto para voz e piano por Filipe Raposo e Rita Maria no Teatro Angrense. Na ilha de São Miguel teremos dois concertos: um na Escola Domingos Rebelo, pela Filarmónica Nª Srª das Dores; e uma carta branca ao compositor Igor Silva no Arquipélago Centro de Artes Contemporâneas - duas parcerias com estruturas locais de grande qualidade, que muito nos entusiasmam. Terminamos o ciclo em Lisboa, com o concerto de apresentação do Prémio Compositor Francisco de Lacerda Fundação Millennium bcp na Biblioteca Nacional.

Vasco Mendonça
agosto 2023


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